Um pouco da minha infância, meu gosto por jogos que não sejam online e o que achei de Sleeping Dogs

Lembro como se fosse hoje o dia quando eu estava na casa de minha vó, já tinha ganhado meu PlayStation 2, meu querido pai chegou e em seguida me deu uma revista grossa sobre os melhores jogos de PS2 que alguém poderia ter. Ao olhar esta revista, eu fiquei fascinado com as imagens dos jogos que me agradaram, sem que fosse necessário ler os textos explicativos.
Isso tudo aconteceu porque eu nunca gostei muito de ler qualquer coisa, por menor que ela fosse, mas eu sempre consegui tirar um significado maior das imagens que olhei do que de seus textos. Eu tenho pouquíssimas memórias de quando ganhei meu PS2, mas a única coisa que me lembro era de sua caixa.
Estava escrita a informação de acesso à internet. Porém, naquela época meus pais não possuíam nenhum plano de internet, além de que este recurso não foi muito utilizado no PS2. Eu tenho a certeza que isso me fez crescer com uma característica que dura até os dias de hoje: gostar mais de jogos que não dependessem de internet para serem jogados.
Até que eu ganhei no natal de 2014 um presente de meu pai: um Playstation 4. Quando o vi, reparei logo suas informações de edição especial e limitada, em que ele assim como o seu controle ou Dualshock 4 eram brancos, além do jogo Destiny que já vinha com ele.

O grande problema é que só poderia jogar quando estivesse conectado à internet. Mas, nessa época natalina, a Sony havia sido hackeada e todos os seus sistemas que funcionam a base da internet estavam completamente fora do ar.

Com a restrição da internet, minha mãe me fez uma boa proposta que eu comprasse outro jogo que funcionasse sem internet. Eu fui até uma loja e depois de procurar encontrei o Sleeping Dogs. Mas há uma história interessante sobre ele: primeiramente, seria lançado como a terceira continuação da série True Crime com o nome de True Crime: Hong Kong, porém a sua produtora Activision, devido a alguns problemas, resolveu cancelar o seu lançamento.

Assim a Square Enix anunciou que adquiriu o direito de publicá-lo e agora seria produzido pela United Front Games, mas com um novo nome Sleeping Dogs, porque ela só pôde divulgar esse jogo, mas não utilizar o seu nome.
 Para os consoles da nova geração, a oitava no caso, Sleeping Dogs recebeu uma edição melhor e remasterizada chamada Sleeping Dogs: Definitive Edition. Nela o personagem principal ainda é o Wei Shen que deve se infiltrar na tríade Sun On Yee e depois com a ajuda da polícia destruí-la. Mas, desta vez, o jogo em si está com gráficos e jogabilidade melhorada, além de que ele acompanha uma série de 24 DLCs, que vinham separadamente na versão anterior.

Abaixo, vídeo produzido pelo site Gamespot que compara a diferença gráfica entre o Sleeping Dogs feito para a sétima geração e o feito para a oitava.

A história de Sleeping Dogs se assemelha a aqueles filmes de luta chinesa kung fu, porque na maioria das partes as suas missões terminam com algum combate a base de artes marciais e são elas que o diferenciam de outros jogos de mundo aberto ou sandbox, que também já estão no mercado. Este sistema de luta relembra muito o utilizado no consagrado jogo Batman: Arkham Asylum que funcionava com um botão para você atacar seus adversários e outro apenas para contra-atacar os seus golpes com uma pequena animação bastante estilosa.

Há outro ponto positivo nas lutas travadas neste jogo, pois é possível Shen segurar os seus inimigos e eliminá-los nos próprios objetos do cenário como: levar a cabeça da sua vítima a um ventilador e vê-la ser triturada, empurrar o corpo da sua vítima contra um orelhão e depois pegar seu telefone e bater repetidamente na sua cabeça até ela ser esmagada e jogar a sua vítima embaixo do portão do mercado e fechá-lo com toda a força. Todas essas opções que você tem de matar os seus inimigos fazem com que o jogo se torne mais divertido, ao mesmo tempo em que ele fica mais sangrento.

Shen em todo o jogo irá trabalhar para os dois lados que são ou da polícia ou da tríade. Mas é importante que você saiba que ele precisa saber equilibrar o seu trabalho dos dois lados para que ele não perca seu disfarce como criminoso e não deixe de estar do lado certo da lei, quando ele fizer as missões da tríade. Com isto, o jogo se divide em três tipos de pontos de experiência que são os adquiridos quando o jogador faz as missões para a polícia ou tríade e mais um que é chamado Face XP que se resume quando o jogador faz favores aleatórios no mapa do jogo para os seus NPCs.
Desde que eu comecei jogar esse jogo, me impressionou o fato de que ele começa já inserido na ação, quando Wei Shen deve sair pulando pelo seu cenário usando técnicas de parkour para alcançar um cara por um objetivo que não entendi porque estava em inglês. Mas quando o jogo começa dá para qualquer um ver, independente da língua, que ele na verdade é um policial e que deve se infiltrar no núcleo das tríades de Hong Kong.
A partir desse ponto, muitos podem pensar que Sleeping Dogs se trata de um jogo em que você vai sempre sair atirando nos seus rivais e que ele trará uma ideia já proposta por milhares de outros jogos em terceira pessoa, mas muitos se enganam porque este jogo se destaca dos demais pelo seu fator de combate, no qual você é obrigado a passar a maioria das missões usando uma técnica de luta muito parecida com kung fu.
 Além disso, está o fato de que ele não abandona completamente o modo de tiro, apenas usa pouco esse recurso e também sabe unir muito bem ambos nas missões de sua campanha.  Eu me surpreendi também ao concluir as missões secundárias de Sleeping Dogs porque elas são muitas, tem temas variados e ocupam bastante o tempo do jogador que as fizer. Elas vão desde fazer rachas, lutar contra capangas das tríades, ser um policial para impedir que carros com criminosos fujam e aprender novos golpes de luta marcial ao devolver estátuas que ficam espalhadas pela cidade.
Há algumas coisas que não vi nesse jogo porque eu só comprei a sua versão para a nova geração. Isso me impede de comparar se realmente houve diferenças importantes entre as duas versões. Mas, segundo muitos sites que eu vi antes de escrever essa matéria, elas são: ter um maior fluxo de carros e pessoas nas ruas, o que deixa a Definitive Edition com um aspecto mais vivo. Para finalizar, só há um detalhe que até então eu já tinha percebido e quando li as críticas acabei por confirmar, que os gráficos na sua versão melhorada se destacam mais quando o seu ambiente é à noite e em meio a uma chuva.
Então, pessoal, a minha intenção aqui não é trazer uma análise sobre qualquer jogo, mas dar minha opinião sobre ele, independente das suas críticas já feitas por outros sites. Eu também tenho o objetivo de aproximar você, leitor, ao meu texto quando eu os relaciono aos assuntos do nosso dia a dia. Esse é meu jeito de falar sobre a nossa “cultura gamer”, mas não de convencê-lo de que vale a pena ou não comprar determinado jogo, só tendo como base o que eu escrevo e você lê, porque no final das contas somente você saberá qual é a melhor escolha na hora da comprá-lo.
Mas por hoje é só. Eu espero que vocês tenham gostado do texto sobre o jogo Sleeping Dogs e como eu o relacionei com a minha infância. Então se você realmente achou legal o meu trabalho e quer vê-lo mais vezes não se esqueça de compartilhá-lo nas redes sócias, deixar seus comentários aqui mesmo e se preparar para mais postagens do APJ!


Comentários

  1. Porra vei, comprei esse jogo agora. Estou gostando, só tenho o dessa geração também, mas acho que é melhor.
    Postagem massa, valeu!

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  2. Obrigado pelo comentário, Ricardo. É verdade, Sleeping Dogs é um bom jogo, ainda mais para nova geração e os conteúdos adicionais que traz.

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