Skyrim inspirando o Horizonte
Por Ruís América
Há muitos e muitos anos, comprando um jogo do Homem-Aranha
vi outra pessoa testando um jogo que só jogaria anos mais à frente. Tratava-se
de The Elder Scrolls V: SKyrim. Nunca imaginei como ele seria, pois só ouvi
amigos falarem sobre ele, e então resolvi comprá-lo e experimentá-lo.
Nas primeiras horas, minhas impressões não foram das
melhores - odiei o jogo por vários motivos, assim dei-lhe um tempo e o guardei
na prateleira para jogar em outra hora. Após ler críticas, ver gameplays e ouvir meus amigos
falarem tão bem dele, pensei: ah, não, esse jogo tem realmente algo que não
percebi.
Em seguida, dei-lhe uma segunda chance e prestando mais
atenção à sua história, jogabilidade, música, mitologia e universo, me apaixonei
aos poucos por ele. Até que, estava totalmente apaixonado. Joguei durante
vários dias e semanas, tentando experimentar a obra-prima que se passava na
minha tela, querendo ver até que limites ele me levava (...e quantas
possibilidades...).
Depois de um bom tempo, já no final de 2015, fui à BGS onde
vi algumas pessoas testando a demonstração de um jogo que ainda seria lançado
no próximo ano. Esse jogo, que inspira o nome da matéria, é Horizon: Zero Dawn.
Mas o que esses jogos - Skyrim e Horizon - tem a ver um com
o outro? Muito. Não colocarei a análise de casa um desses, mas deixarei claro a
inspiração que um traz ao outro.
Uma das principais características que chamam a atenção em
Skyrim é o seu imenso mapa - imenso em tamanho, atividades a serem feitas,
efeitos de iluminação e clima, tipos de inimigos, incluindo os dragões - e sua
história e mitologia muito mostradas no quinto (você é aquele que possui a alma
dos dragões e um dos poucos que pode pronunciar os gritos, shouts, que exprimem extremo poder).
Essa diversidade é encontrada, de certa forma, em Horizon,
mas, ao invés de se derrotar dragões, derrota-se "dinossauros
metalizados", quer dizer, robôs de tecnologia de ponta que se assemelham
com alguns animais pré-históricos, outros nem tanto. Outra característica de
ambos - os seus mapas são tão diversos, por haver locais desérticos com
tempestades de areia e outros com clima mais frio, chegando a haver geada e
nevar.
Além da questão
climática, pode-se notar que em Horizon há regiões no mapa com muita vida, com
diferentes tribos e povoados, cada um com seus costumes, religiões e estilos de
vida. Parte que também foi muito bem trabalhada em Skyrim, enriquecendo o
ambiente de ambos os jogos, dando-lhes um toque de realidade, pois no mundo
real podemos viver com tantas diferenças em um único local...
Com certeza, Horizon Zero Dawn pode ter muitas outras
inspirações na visão de outros críticos, mas a que me chamou à atenção foi
sobre o quinto jogo da série The Elder Scrolls. Por quê? Ir de uma ponta a
outra do mapa, para fazer as missões principais mesmo com fast travel, só para poder
se deslumbrar como é o cenário desse percurso, já é valido. Ficar horas e horas
dentro do universo e que não importa o
quanto descubra, sempre haverá mais e mais para explorar e descobrir. Ver
tantos monstros no jogo e que com muita habilidade e inteligência poder derrotá-los,
no seu esconderijo ou no canto do mapa, ter sua cabeça a prêmio e depois de
tudo sentir a sensação de dever comprido, como se terminasse de tirar nota
máxima em uma matéria que é superdifícil.
Toda mística - sobre
Deuses - encontrada em ambos o jogos, que retrata a origem do universo e de seu
povo sendo cultuados por seus povos como religiões e deuses, que são partes
importantíssimas no decorrer de suas histórias. Apesar de serem entidades e
ensinamentos fictícios, têm muito a nos ensinar por representarem a cultura de
seu universo, de forma que os reconheçam só por citá-las.
No TES: V Skyrim, você é o chamado Dragonborn - o último ser
nascido com a alma de dragão. Por isto, você pode pronunciar os dragon shouts -
gritos na língua dos dragões - que transmitem fortes poderes. E, se matar algum
dragão, absorve a sua alma, recarregando seus poderes orais para usá-los de
novo. Por ser o Dragonborn, você é capaz de bradar um grito - dragonrend - que derrubará seu maior inimigo
no chão, causando-lhe dano até que seja derrotado.
Em Horizon: Zero Dawn, você é a personagem Eloy que vive em
um mundo depois do próprio apocalipse e dessa forma quer saber as respostas à
sua origem e de como seu mundo foi terminar assim. Nesse mundo a espécie humana
é quase extinta, dividindo-se em pequenas tribos, cidadezinhas e vilarejos.
Como já foi dito, cada uma dessas pessoas tem seu próprio
modo de viver. O que o diferencia de outro jogos de RPG do gênero é a sua fauna
composta por animais de metal que curiosamente comem biomassa - matéria orgânica
e das diferentes táticas de enfrentá-los.
Então galera, é isso! Espero que vocês gostem.
Obrigado pela leitura
e até à próxima postagem no blog.
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