Mortal Kombat X, obviamente, é o décimo jogo de luta da
série Mortal Kombat, produzido pela NetherRealm Studios , mesma criadora de
outro jogo de luta famoso Injustice:
Gods Among Us, e publicado pela Warner Bros.
Intertainment , em 14 de abril de 2015, para as plataformas Playstation
4, Xbox One e PC Windows, além de servir como sequência de Mortal Kombat (9).
Continua ....
Logo no fim de MK9, o tirano Shao Kahn é derrotado pelo
poder dos deuses antigos em intermédio de Raiden, O Deus do Trovão, mas, após
sair de cena, é revelado que o Deus Caído Shinnok tem planos para conquistar a
Exoterra, o Plano Terreno ou qualquer outro mundo à sua frente.
Após aprisionar Shinnok no seu próprio amuleto, os heróis dão
uma descansada e resolvem sua vida pessoal sem nenhuma sorte de problemas
sobrenaturais. Com isso se passa um bom tempo, vinte anos para falar na
verdade, e agora como ficou tudo? Vejamos!
Seguindo os acontecimentos do jogo anterior, Mortal Kombat X traz uma história cheia de novidades como vários personagens novos, alguns com origens conhecidas e outras misteriosas. Essa parte já se supera e quatro desses personagens inéditos são parentes de heróis já consagrados da franquia: Cassie Cage, Jacqui Briggs, Kung Jin e Takeda.
Ainda falando de personagens novos, há aqueles que, sem qualquer
ligação, acrescentam e engrandecem a história em si com seus poderes e
habilidades únicos como D’vorah, Kotal Kahn e Erron Black.
Há heróis que honram seus amigos que viraram mártires tentando impedir que supostos conquistadores de mundos tivessem êxito, entre eles estão Jonny Cage, Sonya Blade, Raiden etc. e... enfim conseguem.
A Nova Geração
É aí que entra a nova geração de heróis e, como
consequência, aqueles parentescos de longa data estão visualmente mais velhos,
mas ainda encaram uma briga. Vamos falar mais um pouco sobre cada um deles?
Cassie Cage –
filha de Jonny Cage e Sonya Blade. Como seus pais, participa da Special Forces,
uma unidade militar vinda dos EUA para inicialmente barrar grupos criminosos
internacionais, mas, após algumas circunstâncias, se tornou a defensora do
Plano Terreno contra as invasões da Exoterra.
Ela nasceu depois de
Shinnok ser derrotado e após a separação de seus pais por problemas pessoais. Ttem a patente de sargento na Special Forces
e é submissa à sua mãe que é General a. Seu pai, Jonny, comanda a equipe de
novatos composta pelos quatro integrantes Jacqui Briggs que é sua melhor amiga,
Takeda Takahashi, Kung Jin e a própria Cassie que é a líder desse grupo. Forte
e inteligente como seus pais, mas se sente sobrecarregada por ser
supervisionada pela mãe, por ter uma
patente superior.
Jacqui Briggs – amiga íntima de Cassie Cage, filha de Jackson
Briggs e Vera Briggs. Pelas guerras que
seu pai travou, ele não queria que ela as vivesse também, porém, mesmo assim,
Jacqui virou uma kickboxer, se alistou em um campo de treino e ingressou também
nas Special Forces, pois ela se sente no dever de proteger o Plano Terreno e se
vingar pelo que fizeram com seu pai no título anterior (se não se lembram,
Ermac arrancou os seus braços, usando seus poderes verdes maléficos).
Entre as missões dadas, Jacqui leva um clima sério e respeita a hierarquia de
sua equipe com Cassie estando na liderança e acabou se apaixonando por outro
integrante Takeda Takahashi. Essa é a prova de que heróis não vivem só por
momentos de luta..., afinal são seres humanos ou extraterrestres.
Seria uma homenagem ao seu pai Jacqui usar em suas mãos, no
seu traje de combate, um armamento que solta choques se for impactado, apesar
de ter os braços (... uma bonita homenagem de filho para pai!)?
Kung Jin – Desde
criança ele admirava seu primo Kung Lao, considerando-o herói. Mas , após a sua
morte, sua família passou por dificuldades e veio parar nos EUA e por conta dessas
dificuldades Jin virou um ladrão e culpou Raiden, O Deus do Trovão, por sua
condição.
Após se redimir, ele é convocado para treinar pela White
Lotus Society e afirma não tê-lo feito antes, pois pensava que não seria aceito
devido à sua homossexualidade. A conversa começa com Raiden dizendo-lhe
“Inferioridade sempre foi uma infeliz parte do seu disfarce” enquanto o vê
roubando algum objeto no seu templo e após sugestionar que ele vire um monge
shaolin, ele declara “eu não posso, eles não vão me aceitar” e Raiden finaliza
“Eles se importam apenas pelo que está no seu coração, não por quem seu coração
deseja”.
Takeda Takahashi – discípulo do líder dos Shirai Ryu, Hanzo Hasashi e filho de Kenshi. Viveu na Tailândia por um
tempo com sua mãe, sem que seu pai soubesse de sua existência até a
adolescência. Com a morte de sua mãe, foi entregue a Hanzo, enquanto seu pai
saiu em busca de vingança.
Após um longo tempo, Takeda completa o teste
que lhe foi dado por seu mestre Hanzo (mais conhecido também como Scorpion). Com
a volta de seu pai e com o consentimento dele e de seu treinador ele é
recomendado a participar das Especial Forces.
Takeda dá grande crédito aos Shirai
Ryu que é visto por usar no rosto uma fita que representa o seu clã e o dever
de impedir quem venha a destruí-lo. Mesmo duvidando de seu tutor inicialmente,
foi ganhando respeito por ele a ponto de reconhecê-lo como pai no local de seu
verdadeiro pai, por quem não têm muita consideração, talvez por aparecer
tardiamente em sua vida.
Beleza Mortal
Comparado aos gráficos do nono
episódio da série, os do décimo são mais vivos, têm mais detalhes e polígonos
nos personagens e nos cenários que chegam a impressionar. Um exemplo disso é o
design de Scorpion e Sub-Zero. No jogo anterior, se o lutador apanhasse,
ficavam visíveis arranhões, feridas no corpo e trajes rasgados. Agora isso
também acontece, porém com muito mais realidade, principalmente nos X-Rays
quando quem o usa defere golpes que ultrapassam o corpo do adversário,
mostrando realmente a anatomia completa como todos seus músculos, órgãos e
estrutura óssea.
Há um detalhe com o sangue e suor
também que anteriomente só apareciam como uma mancha ou borrão sobre o
personagem, mas nessa continuação ambos escorrem naturalmente pelo corpo após o
término de uma luta, gerando um efeito visual impressionante e realista.
Os cenários atrás dos combates também
estão bem representados, desenhados e animados. Com detalhes que não são
comumente focados em jogos de luta, pois é possível ver, por exemplo, no
cenário Pátio do Imperador, onde escravos estão erguendo um monumento ao seu
imperador Kotal Kahn e é possível também interagir com cenário, característica
vinda de outro jogo da NetherRealm, Injustice, mas que aqui está mais
aprimorada.
Kombater!
O movimento dos personagens está
fluido, está bom o suficiente para identificar o estilo de jogo de todos os
personagens com seus golpes, combos, X-Rays e Fatalities. Lembrando que esse
Mortal Kombat está um passo à frente da crítica, pois é o mais rápido e
frenético em relação aos anteriores e os seus golpes especiais estão de fato
mais fáceis de serem feitos, com mais violência e brutalidade, o que é uma
característica da série que foi levada ao extremo.
Penso que isso seja bom, pois muitos
jogadores aprendem a dominar o jogo rapidamente e isso aumenta a comunidade
deles que terá mais integrantes com públicos para participar de eventos ou
campeonatos, como o recente surgimento do E-Sport.
Para experimentar o potencial de cada
personagem eu recomendo jogarem com um pouco de cada um deles e seus três modos
de jogo. Por exemplo, ao escolherem a personagem D’vorah estarão disponíveis
três variações: Venenosa, Rainha do Enxame e Mãe da Ninhada. A primeira opção
faz que a maioria dos seus ataques surja com veneno excretado pelos
ovipositores dos vermes que andam em seu corpo de inseto, ela serve para
provocar certo dano na defesa, perfeita para ferir personagens defensivos. Na
segunda opção, ela pode criar uma bomba de insetos e um tornado repleto de
vespas que meio que flutua o seu adversário, sem que ele possa reagir e você
continue o combo. Na terceira opção de combate, D’vorah expele vermes
rastejantes e voadores que paralisam o outro lutador por alguns segundos,
dando-lhe tempo de se aproximar e atacá-lo.
Quanto mais, melhor!
Mortal Kombat X apoia muito as
partidas jogadas on-line e como reflexo disso criou o modo Guerra de Facções. A
partir do primeiro momento em que se entra no jogo, ele te pede para escolher
em quais delas você quer ficar: Lin Kuei, White Lotus, Special Forces, Black
Dragon ou Brotherhood of Shadow. Nesse modo, a sua escolha é importante para
definir qual facção domina o Plano Terreno e à medida que seus personagens vão
alcançado pontos, eles dão essa pontuação à sua facção escolhida, sendo também
que isso funciona via internet para
qualquer outro jogador ao redor do mundo. Há várias formas de ajudar sua facção
a vencer essa disputa, com objetivos
simples que vão se somando um a um, como realizar um número determinado de
Fatalities, e como recompensa o jogador ganha finalizações exclusivas ou
acessórios estéticos.
Há um modo mais singleplayer que
voltou com tudo, é o caso de Teste sua Sorte que acontece com adversários
escolhidos e modificadores colocados nas fases randomicamente. É possível lutar
com a tela invertida, mísseis caindo nos cenários de onde os personagens estão
ou locais reduzidos lateralmente por raios lasers. No fim das contas, deixa o
jogo mais divertido do que ele já é.
Uma das
coisas que mais gastei tempo jogando foi a Krypta, pois guarda conteúdos
secretos que demoram a ser descobertos, mas se não tiver paciência como eu,
você pode desbloqueá-las (pagando) uma DLC. Essa possibilidade também existia
no Mortal Kombat, mas veio agora um pouco diferente e para usufruir de seus
itens é necessário armazenar as moedas que são ganhas enquanto você joga em
qualquer modo. Ela é vista em terceira pessoa, em um cenário bem macabro, que
se parece com um cemitério e que lembra bem jogos de tiro FPS como Call of
Duty.
Quem não tem teto de vidro
que atire a primeira pedra...
Quem não relembra de
qual cantora é essa frase? Se pensou nela, sim, você acertou, é a cantora Pitty
a quem me refiro. Mas, porque me referi a ela com essa música? É simples vou
lhes explicar – Ela foi convidada pela produção para dublar, ao que parece inexperientemente,
a conhecida e importante personagem Cassie Cage desse Mortal Kombat.
Foi dito
inexperiente, pois após o lançamento percebeu-se que seu trabalho deixou a
desejar, o que deixou muitos jogadores decepcionados com sua atuação e por ela
se afastar muito da qualidade total do jogo e da dublagem dos outros
personagens. Porém, uma personagem que teve uma voz marcante e que pode ser
dada como ótimo exemplo é a D’vorah.
A sonoplastia dos
movimentos, cenários e efeitos especiais estão de parabéns também: reproduzem
sons específicos, encaixados nos momentos certos e de qualidade como os golpes
executados, gemidos de cada personagem etc. O mais interessante disso é ouvir o
que acontece durante os movimentos de X-Rays, quando ecoam os barulhos dos
ossos sendo quebrados pelo oponente de uma forma muito real e brutal.
Microtransações são tão
importantes assim?
Na maior parte isso
acontece em jogos para Tablets e de redes sociais, inclusive Facebook. Muitas
vezes elas são necessárias para continuar jogando ou como única forma de
evoluir, mas há algum tempo elas chegaram também aos consoles de mesa. Então, a
temos no jogo em questão, mas será que são necessárias ou podem ser dispensadas?
Para quem quiser ter “todo” o seu conteúdo (ou melhor, seria dizer mais do que
todo o conteúdo pago pela primeira vez), estiver disposto e com dinheiro
suficiente, é válido. Mas para quem só pode pagar caro só uma vez e não está
disposto a pagar mais nada por um jogo com conteúdo (supérfluo) adicional, não
é uma boa ideia, sabendo que já está usando 100% do jogo original e que essas
transações, de qualquer forma, o excedem.
Mas, ainda falando
sobre isso, aqui estão disponíveis novas skins e personagens, itens da Krypta e
um meio de executar Fatalites mais facilmente. Personagens consagrados que não
precisariam ser adicionados aparecem como DLC, mas há aqueles em que sua adição
é justificável como Alien, Predador, Jason, Leatherface etc.
Foi Mortal ou não?
Enfim, foi. Pois, cumpriu
com o que prometeu em seu tempo de desenvolvimento e lançamento com bons
gráficos, sonoplastia, história, personagens novos e velhos jogáveis, efeitos
especiais, cenário e até dublagem. Sem contar que não retirou características
que dão renome à série – violência e brutalidade.
O jogo mais novo da
série se supera em praticamente tudo dos seus antecessores – gráficos,
sonoplastia, história, número de personagens entre velhos e novos, efeitos
especiais, cenário e dublagem. Além de se encaixar mais na proposta da série,
violência e brutalidade.
Aprimora seus modos de jogos online e off-line
com uma Krypta mais imersiva e cheia de conteúdos, a Guerra de Facções que
desafia quem a joga frequentemente e desafios com Teste Sua Sorte. E se você é
novato em jogos de luta que normalmente requerem que o jogador saiba muito os
comandos para jogá-los, nesse Mortal Kombat isso não é preciso, é mais fácil
assimilar os golpes com pouco tempo e dominar a partida a seu favor.
Então, esse é o jogo
perfeito para quem gosta
de jogos de luta, com muita violência explicita, sangue jorrando para cada
canto na tela e com diversos efeitos especiais e ainda por apresentar desafios
que desbloqueiam uma série de conteúdos secretos, que apresentam novas formas
de jogar com seu personagem preferido e demoram a ser descobertos, aumentando o
seu tempo de vida.
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