Crítica do jogo - Marlow Briggs: And The Mask Of The Death



Dados
Desenvolvedora: Zootfly e Microsoft
Publicadora: 505 Games
Gênero: Hack’n’Slash (com progressão linear)
Classificação Indicativa: Para público de 17 ou mais, contém principalmente cenas de violência, linguagem agressiva e sarcástica e nudez parcial
Forma de jogar: Singleplayer (sozinho)
Plataformas lançadas: Originalmente para o Xbox 360 e também para o Xbox One com o sistema de retrocompatibilidade disposto na Xbox Live
Ano de lançamento: 20 de Setembro de 2013


Afinal, o que o define?
Fiquei pensando nisso a tarde inteira
Essa pergunta é difícil, queridos leitores. Mas... Vamos lá. Li por aí que Marlow Briggs é uma verdadeira cópia de séries hack’n’slash consagradas como God of War ou Davil May Cry. Acredito que, em parte, sim. Mas, Marlow Briggs: And The Mask of The Death (vamos chamá-lo de Briggs, pelo seu extenso nome) tem suas particularidades: seu sistema de progressão interessante, sua dualidade de cutscenes (aqueles filminhos entre as partidas), conforme você for progredindo , irá ganhar novas armas, poderes e magias, o humor demonstrado (infelizmente) no único personagem The Mask of The Death, transfigurado em uma mácara de origem Maia, puzzles difíceis de interpretar e entender ( o que mesmo sem querer dá um aspecto positivo) e quebra abrupta de cenários e estilo de jogar.

Como reza a lenda!
No caso, é Maia, não é?
Realmente, a premissa da sua história é clichê: Marlow Briggs, considerado um bombeiro profissional (poderia ser um guerreiro espartano ou um caçador de demônios) vai à América Central rever a sua namorada, Eva Torres, que trabalha em escavações arqueológicas. Mas, seu chefe Heng Long a obriga a continuar com seus planos malévolos em arqueologia. De praxe, o herói (ou seria anti-herói?) tenta salvá-la e é morto por Long com uma espécie de foice tribal. Incialmente,há um choque! Como a história do jogo poderia continuar com seu protagonista logo morto? Haha: Essa foice tribal é o que dá o segundo nome ao jogo - The Mask of The Death ou, em português, A Máscara da Morte. Faz sentido, né? Agora, O Espírito da Morte Maia concebe a Briggs poder gigantesco para destruir os planos de Heng Long e sua organização Freedom (“Liberdade”) instaurada nos templos maias.


Há diferenças!
Entre God Of War e outros tantos dentro do gênero...
Com tal acontecimento, surgem desenhos tribais (meio que em neon) na parte direita de cima de seu corpo. Podem dizer: Ah, Ruís América, Kratos também tem desenhos em seu corpo. Válido! Mas, Kratos tem a origem de seus poderes graças a Ares, já Marlow Briggs, porque foi morto, afortunadamente, por uma foice com poderes sobrenaturais, esperando alguém que passasse por esse processo. A causa mais plausível é que, segundo o jogo, a máscara o diz precisar cumprir uma profecia (salvar o mundo) e pelo visto estava durante 2000 mil anos, sem falar com alguém, presa e aprisionada esperando por um “hospedeiro” (Hahaha).
E continua...
Apesar da progressão ser linear, os gráficos e qualidade de vídeo estão aceitáveis para um estúdio crescente e de produção de baixo custo. Levando para o lado dos cenários, há um aspecto positivo, ele muda muito conforme as fases (estamos em um centro altamente tecnológico e industrial, do nada somos jogados às florestas com aspectos e animais exóticos, locais submersos como uma referência ao próprio inferno ou até mini games - você viu o dos créditos finais? - como um em que na campanha principal você deve dirigir um pequeno avião destruindo os alvos, o que lembra muito aqueles jogos antigos de navinha.)

Pelos poderes de Kukulkan, eu tenho a força!
Seriam os de Grayskull, tá?
O que?? O significado, por favor! Para os Maias o termo “Kukul” determina ser divino e “Kan”, serpente. Ou seja, dignifica Serpente divina (um dos principais Deuses da cultura Maia) ou como é mais reconhecida A serpente Emplumada. Que tem a ver com a primeira arma adquirida no jogo, tanto no aspecto visual como na forma. Sendo que ela pode se transformar em mais três: um par de espadas curvas, com ataques ligeiros; um chicote estilo Blades of Athena (Arma principal de Kratos), com longa distância e um martelo pesado e lento, contudo muito poderoso. Esse poder/arma é transferido do Deus da Morte a Marlow Briggs a fim de alcançar seus objetivos em comum.
Aspectos mais memoráveis
Combate! Falando baixinho igual ao Batman...
Baseando-se no tipo da primeira arma lhes dada, chegamos ao ponto crucial de The Mask of The Death, o combate – gerado nas diferenças das armas produzidas no jogo em questão. Acredito ser o seu maior potencial, devido a funcionarem em situações adversas, sejam: executar um chefão mais facilmente, executar tipos de inimigos, suas preferências pessoais, velocidade, execução e a forma de golpe. Elas interferem também no cenário mutualmente, quando aparecem na mudança de cenário alguns tipos de vespas exóticas e para dedetizar esses insetos (ou algo próximo) é necessário usar uma pequena adaga brilhante. De fato, o combate é mais facilitador (digo, a nível técnico: medium) do que às campanhas consagradas já ditas, mas se pararmos para pensar é compreensível, pois as três produtoras (Zootfly, Capcom e Santa Monica Studio) têm histórico e recursos financeiros muito diferentes (né?) e dentro desta proposta a tríade executa um trabalho acima da média para os seus padrões empresariais. Além da Capcom e Santa Monica Studios terem marcado, determinado e revolucionado o mercado gamer hack’n’slash e a Zootfly vir depois com esse estilo, mas ainda com gás.

Annoying Puzzles
Chatos ou chatinhos?
Por ter dificuldades de resolver tais puzzles (espécie de desafios), pesquisei na internet e encontrei no próprio Youtube assim – Annoying Puzzles – Desafios Chatos. Penso que faltam de verdade informações na tela ou até pequenas dicas e pistas do que fazer para ultrapassá-los. E, assim, se tornam confusos e para alguns é um pedido de “quer saber? Deixa esse jogo pra lá!”, só que por essa falha existir, acabam se tornando prazerosos (haha). Visto o motivo, seria possível comparar os annoying puzzles àqueles mostrados em jogos de hack’n’slash famosos (galera, essa fica com vocês nos comentários)?

Ouviu o som passando?
Eu até que ouvi, mas...
Um dos pecados (o primeiro) aqui é a qualidade da trilha sonora, é difícil destacá-la do resto do título, não pela altura, mas pela peculiaridade – são sons tão iguais que só quem presta muita atenção consegue distingui-los. Também, o destaque delas dado a cada cena, ação e momento – beira ao imperceptível. Porém, nada na vida é perfeito: se a balança do equilíbrio pesa de um lado, folga do outro e como toda regra tem exceções só poucos conseguem aproximar-se do equilíbrio (não somos perfeitos em tudo que fazemos).


A Cultura Maia é extremamente importante, queridos críticos...
Pois é, o segundo pecado é deles...
Li em um site crítico de jogos conceituadíssimo que os nomes (maias, por favor) postos em Marlow Briggs: And The Mask of The Death eram invenções e convenções imbecis dos produtores e criadores do jogo (Não! Ah, que dor. Será que é mesmo tão ruim ser Latino Americano?). A mentira, na verdade, é por parte de quem a deferiu. Por isso, afirmo: sejamos mais sensatos, curiosos, pesquisar, usar e abusar de fatos concretos. Ao divulgar na internet sites deveriam ter mais certeza e clareza nas declarações, porque quem é mais influenciado por isso somos todos nós: leitores e isso dói, é de esculhambação imensurável.

Il Gran Finale
Há uma grande surpresa, no final do título. Enquanto você é levado a pensar em uma forma de conclusão e, magistralmente, ele te surpreende com outra. Haha, só jogando para saber!

Enfim,
Ufa, cabô? Vamos ler só esta partinha!
Vale a pena! Tem seus defeitos, exatamente – estão certíssimos, mas para um estúdio ascendente, com objetivos de entretenimentos legais e de baixo custo – é plausível! Sendo sincero, consegui esse jogo através da assinatura da Xbox Live Gold, disponível para a família Xbox One (Normal, S e X) e está por um preço acessível (atualmente, por R$ 29,99). Então, galera é isso, espero ter passado uma boa mensagem e que tenham compreendido minha crítica e opinião a respeito desse jogo – Um Grande abraço para os marmanjos e beijo, na bochecha, para as meninas!


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