Vale a pena jogar Sonic Generations?




Dados
Desenvolvedora: Sonic Team, Devil’s Details e Dimps
Publicadora: Sega
Gênero: Plataforma e Aventura, mesclando entre os modos 2D e 3D
Classificação indicativa: Para todas as idades, com conteúdo e violência cartunesca
Forma de jogar: singleplayer (no caso, se concentra mais na campanha) e multiplayer (principalmente, com sistemas de ranking)
Plataformas lançadas: Lançado para PlayStation 3, Xbox 360, Nintendo 3DS e PC
Ano de lançamento: 3 de novembro de 2011


Newschool Vs. Oldschool


Sim, acabei de me apropriar de outro neologismo!
Sou considerado da mais nova geração, Geração Easy (Fácil), o que desagrada e muito os jogadores mais Oldschool (Velha Guarda). Antes mesmo de eu nascer (1995), a Sega AM8, criada em 1988 estava por produzir um dos maiores ícones da indústria de jogos:  Sonic The Hedgehod (ソニック・ザ・ヘッジホッグ, Sonikku za hejjihoggu). Só em 1991 (nasceria quatro anos depois!), esta empresa lançou no mercado e, devido ao seu meteórico sucesso, a própria equipe mudou de nome, como é conhecida até hoje: Sonic Team. Provavelmente, para dar mais holofotes à sua obra-prima produzida.



A obra-prima
Após minhas observações, acredito que a marca/mascote Sonic esteja definida como uma transição, porque a própria Sega ainda não conseguiu transitá-lo corretamente à tridimensionalidade. Apenas, quero dizer que ainda há uma grande ruptura entre a adaptação de jogos antigos para as novas gerações, devido ao seu número massivo de novas possibilidades e de poucas empresas conseguirem conciliar isso. Mas, observo também que Sonic Generations seja um bom trabalho comemorativo, dos vintes anos de sua empresa. Com motivos explicados e exemplificados a seguir:
De geração a geração
Apesar de estarmos em 2018, tudo que é bom eterniza-se e é atualizado, o que ocorreu aqui. A história de Sonic Generations é apenas um pretexto para que a aventura ocorra, pois o que mais vale em jogos que levam o nome de seus personagens ou mascotes, como Mário, Crash, Super Meat Boy etc. não é a narração, porém a ação ou senso de aventura. E isto existe de sobra em Sonic Generations!
  • Como é de se esperar pelo nome (Gerações), o Sonic Atual se depara com o Sonic Clássico, cara a cara, para derrotar o novo vilão da série Time Eater que desarruma o tempo, permitindo esse encontro dos dois heróis velozes e ao mesmo tempo, como de costume, que salvem seus amigos aprisionados no vazio do tempo. Ou seja, a história é suficiente e prática se pensada no gênero que o jogo se encaixa, pois, a melhor parte é a diversão!
  • É totalmente diferente a forma de jogar com o Sonic mais velho do que com o mais novo, por causa das suas mecânicas, jogabilidade alternada entre 2D e 3D, sons, gestos ou desenhos fornecidos e, principalmente, a própria velocidade que cada um possuiu. Quer dizer, isso torna-se um dos seus fundamentos básicos: a diversidade do personagem principal apresentada no mesmo título.
  • Há mais personagens (semi) jogáveis. Faço essa afirmação, pois no total há 9 fases divididas em 2 atos. Cada ato vai para um dos dois “Sonics”. E, após atingir, no mínimo, o ranking D, são liberados os challanges (desafios), é aí que entram estes personagens a mais, os queridíssimos amigos de Sonic. No geral, você deve passar dessas, digamos, fases com o auxílio do poder que cada um de seus escudeiros detêm. Seja com personagens com o dom do amor, iludindo seus inimigos para permitir o jogador atacá-lo ou alguém com força suficiente para bater um martelão no chão, a ponto de te erguer a outras plataformas e por aí vai...
  • Aqui, também há uma seção de 50 músicas desbloqueáveis, alternadas entre clássicas e novas (mais para remixes). Por exemplo, temos a versão original da Green Hill Zone. Além de muito conteúdo que já vem integrado, como artes e papéis de parede da produção do jogo, pequenas descrições sobre os personagens apresentados na sua campanha, a possibilidade de rever todas as cenas mais importantes da história etc.
  • A variedade no gameplay, construção, design e mecânica dos cenários. Por exemplo, de um lado vemos uma cidade caótica, sendo destruída por um monstro gigantesco controlando o elemento água e do outro, admiramos a beleza de um cenário paradisíaco, calmo e repleto de insetos exóticos, mas que ainda é desafiante.
  • Galera Old e Newschool, pelo que percebo, dada à minha experiência contemporânea aos games, é que, pelo menos, no Sonic Generations nós, gamers, devemos nos adaptar a ele e não o inverso. Por isso, há a questão, desde a criação da ideia do que veio por se tornar Sonic, do tempo que você gasta para correr rapidamente em todo o cenário e dos famosos e competidos rankings. É impressionante como o quanto aprendi sobre este personagem icônico e quantas vezes tentei alcançar os meus melhores tempos. Digo, “rejogando” atos e desafios, com o intuito de aprimorar minhas habilidades e conceitos, mesmo já sabendo como eram as fases e suas mecânicas, que por sinal parecem saber exatamente aonde eu vou errar e, abruptamente, vão e me punem (haha, nada engraçado).

Enfim, para aqueles “retrô”, este é mais um excelente trabalho com dois tipos de Sonic disponíveis, duas formas opostas de jogar, com cenários, movimentos e músicas clássicas aprimoradas, mais opções de personagens, mesmo que eles só atuem como coadjuvantes, ajudando-os nos desafios que também são variados e uma história suficientemente aceitável e agradável para o público e estilo de jogo proposto.

Mas, para um jogador considerado easy (eu), Generations erra mais em pontos do que acerta. Não estou dizendo que devemos padronizar as coisas. Só quero que percebam que tudo evolui, pois futuro e suas consequências sociais são inevitáveis, pois sem ele não haveria: A revolução, até dentro dessa área gamer! Sonic não poderia, nem pôde se dar ao luxo de ficar parado no tempo, porque é muito certo de que a tendência das próximas gerações de jogadores, acostumados com jogos (sempre) online, cinemáticos, cheios de efeitos e que sejam inovadores também ou revolucionários para os parâmetros do mercado atuais ganhem nessa competição.

 Já repararam quantos jogos são lançados por mês e nem sequer temos notícias? Pois é. Eu não aprovo algumas definições postas nesse jogo mais novo do Sonic, talvez por ser minha primeira experiência (ah, não tenho nenhuma vergonha de dizê-lo!)? Talvez, mas, que me incomodaram e para abordar os dois lados, optei por refletir sobre a crítica até chegar a este ponto do texto. Enfim, minhas observações são:
  • Achei, em certas partes, principalmente, aquelas em que há florestas, plantas e até árvores, o cenário, incluindo o próprio Sonic, com dégradé verde demais, estragando aquele brilho e exigência trazida para as novas gerações de console.
  • A dificuldade de cair em cima das plataformas e de até se fixar sobre elas, ocorrendo do Sonic Clássico, quando passa de um lugar para o outro, andar sozinho rumo ao abismo do cenário, gastando meus preciosos Gold Rings (Anéis Dourados) e valiosas vidas.
  • A quantidade de vezes que morri, pela qualidade um tanto ruim da física e peso de papel do Sonic Atual: um erro corriqueiro e que é irritante e, sendo sincero, deu-me a vontade de espatifar o controle no chão! O que prejudica o progresso de jogá-lo, porque parece que você desliza e flutua sobre os cenários e onde há vazios, mesmo com sinalizações na tela, não existe o auxílio da “parede invisível” para evitar a sua queda, prejudicando a jogada.
  • Desconsiderando as músicas clássicas, porque são clássicas e é melhor não entrar em discussão sobre isso, as novas são, novamente, irritantes, sons muito agudos e graves, repetidos e nem tanto caprichados para um jogo celebrativo dos 20 anos da série que deveria ser mais um marco em sua própria história de produção.

Enfim, fico por aqui. E que tal iniciarmos um debate nos comentários? Será ótimo! Galera, um grande abraço a todos, obrigado pelo feedback e até mais!
Ps: Mais matérias sobre Sonic virão a seguir!





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