Devil May Cry: Sequel Edition


Olá galera, tudo bem? Hoje trago uma ideia interessante e promissora e que pelo título da matéria devem estar curiosos, pois afinal o que ela quer dizer? Bem, depois do lançamento de Devil May Cry 4 e de sua Edição Especial, fica entre quem é fã da série o questionamento: então, ela acabou? É claro que não. Pelo desfecho do último jogo da franquia, ainda há brechas a serem fechadas e que podem ser exploradas.
Mas, antes de tocar no tema, vamos fazer uma retrospectiva?


Devil May Cry é uma série consagrada no mundo dos games que foi criada e idealizada por Hideki Kamiya e distribuída pela Capcom em 17 de outubro de 2001. O arco original da história é contado pelo protagonista Dante, o caçador de Demônios.



Filho de uma humana e um demônio, Dante apresenta características peculiares e ao que parece ele não concorda que os Demônios, de forma geral, cumpram seu sonho de dominar o mundo e escravizar os humanos. Assim começa a sua caçada e a campanha da série que por muitos é considerada como “aquela que definiu o gênero Hack’n’Slash ou aquele tipo de jogo em que se dá muita porrada e depois de muitas horas as juntas de seus dedos têm grande chance de doer. Entenderam, né?



O pai de Dante era o lendário Sparda e dessa forma seu filho também é muito poderoso. A história do jogo, lançado em meados dos anos 2000, começa com uma cena bem chamativa e que impressionava para as limitações gráficas e técnicas da época: e vocês, o que acham? A Capcom continua revolucionando o mercado? Enfim, logo no início da campanha, somos apresentados a Trish, uma mulher misteriosa e que também possui poderes sobrenaturais. Na verdade, ela revela sua intenção no decorrer do jogo e até conquista o sarcástico coração do nosso reconhecido assassino de demônios.
Trish revela a Dante que um poderoso mau, provavelmente, está voltando: Mundus. 

Então, designados a impedi-lo, os dois partem à Mallet Island – em um Castelo ou algo do tipo com muitas entradas secretas, mistérios e locais que dão muita dor de cabeça a quem joga, digo por experiência. E o objetivo final é que consigam derrotar Mundus e fugir de tal Castelo, mesmo com algumas reviravoltas que acontecem entre toda a história. Enfim, “o casal” – poderíamos chamar assim, por enquanto? – foge em uma cena Holywoodiana, salvando o mundo, o que até que dá emoção.

Adiante, temos Devil May Cry 2, produzido por Hideki e publicado pela Capcom, entre janeiro e março de 2003, que gerou muita expectativa, o que hoje é chamado de Hype e por isso decepcionou um pouco a forma como o jogo foi feito. Na segunda aventura de Dante, ele se encontra com outra mulher Lucia que o leva a um local conhecido como Vie de Marli que é, na verdade, uma ilha amaldiçoada pelo poder de um homem riquíssimo e com poderes demoníacos e de alto padrão tecnológico. Matier, a mãe de Lucia, afirma ter conhecido o pai de Dante e que ambos lutaram lado a lado contra demônios uma vez, mas ela apenas deseja contar o resto da história a ele, se a ajudasse a destruir Arius, tal homem de extremo poder.

Cronologicamente, este Devil May Cry se passa à frente de todos os outros por ser contado no futuro da série e quando digo “à frente”, tenham noção até do Devil May Cry 4. Este capítulo sofre algumas diferenças e talvez isso tenha causado impacto na sua crítica, durante a época em que foi lançado, mas revela aspectos sobre a série que ainda não tinham sido abordados.
No fim das contas, Lucia e Dante vivem uma breve história de amor e conseguem derrotar Arius que tentou evocar de alguma forma o demônio Argosax, enquanto deturpava a vida no campo em edifícios de puro concreto e metal – mais para arranha-céus – nos seus “sonhos” de urbanização (seria uma crítica social de Hideki?). Mas, mesmo separados pelas consequências do destino ou como a história do jogo é contada, os dois sabem que derrotaram seu alvo, que o outro está vivo e que conhecem mais sobre si mesmos, o que nos leva “àquele de mais sucesso”: o lendário Devil May Cry 3.

Em 17 de fevereiro de 2005, é lançado tal jogo que já não era mais dirigido por Hideki e sim por Hideaki Itsuno que faz um trabalho muito bem apresentado: sucesso nas críticas e nas vendas, apresentava a vida do conhecido caçador de demônios mais jovem. Apesar de não ter dito, desde o primeiro jogo é mostrado o seu irmão gêmeo Virgil e suas reais intenções. A história conta como Dante adquiriu sua fama, antes mesmo de sua loja Devil May Cry ficar conhecida pelos seus próprios inimigos, sendo que esta loja também dá nome ao jogo.

Enquanto tínhamos um Devil May Cry idealizado por seu próprio criador que quis dar uma continuação, mesmo que fosse muito no futuro, temos outro que volta no tempo para explicar como era a vida de Dante antes de tudo já conhecido, bem complexo, não?


No que diz respeito a trama do 3º, Virgil dá as caras como um dos principais antagonistas. Junto a Arkham e Lady eles tentam abrir a porta entre o mundo humano e demoníaco e, para isso, usam Dante como “chave de passagem”.  Na verdade, Lady deseja vingança, porque, segundo ela, Sparda, o pai de Dante, assassinou a sua mãe e dá para ver que Virgil se aproveita disso para lançar todo o ódio que sente por seu irmão, talvez porque enquanto um tenta salvar o mundo o outro faz o contrário.

Uso a chave de passagem, pois Dante possui metade de um amuleto dado por sua mãe e, para que o mundo demoníaco se conecte ao humano, Vergil, que possui a outra metade do amuleto, precisa unir os dois. Ou seja, Dante “começa” sua jornada contra o mau à vista, mas há uma reviravolta e Lady afirma aos irmãos que os têm manipulado e que ela é uma espécie de projeção de Arkham que planeja voltar ao mundo dos demônios para roubar a Force Edge, a espada original do lendário Sparda que contem boa parte de seu poder e dessa forma voltar ao mundo humano e escravizar à força os seres humanos.

Enfim, poderia chamar a relação entre Virgil e Dante de caótica, mas ela é totalmente humana: o ódio e amor são características humanas que todos nós podemos sentir diariamente. Assim, Virgil ajuda Dante a derrotar Arkham, mas Virgil se prende ainda em um caminho de mistério e escuridão. Com isso, se desfecha a adormecida trilogia de Devil May Cry que seria, medianamente, acordada alguns anos depois com o polêmico Devil May Cry 4.


Em 2008, a Capcom lança a continuação direta de Devil May Cry 3, uma das suas séries de maior sucesso. A expectativa do público é alta demais e assim como o 2º decepcionou. Por causa do 4º ter foco em outro personagem Nero, mas ainda ser possível jogar com Dante, são abertas mais questões “sobre o que deveria ser explicado nesse jogo”. Ele ainda retrata a lenda de Sparda e de seus filhos superpoderosos. E, por apresentarem características peculiares, são severamente caçados, pois restaram apenas dois de sua espécie: Dante e Virgil. Só que, em Devil May Cry 4, aparece supostamente um novo, com um braço nada convencional: Nero. 


Ainda sim bondoso, demonstra amor à Kyrie, uma ingênua jovem que é a chave dos planos de Sanctus, tipo um papa que cria um culto misteriosíssimo que venera o lendário Sparda e passa uma imagem de homem bondoso e com boas intenções, mas é só mais um demônio em busca de ascensão para ativar aquele antigo portão que separa o mundo mortal dos seus semelhantes e com isso escravizar a humanidade, agora com um pretexto mais próximo à realidade, com a religião, seus devotos e fervorosos fieis. É claro que Dante já sabia disso desde o início da campanha e a novidade é que ele se esforça, mesmo com seu elevado tom de sarcasmo e desdém, para demonstrar a Nero o quanto foi manipulado e forçado a pensar, em toda sua vida, do jeito errado.

Galera, nós quisemos respostas não dadas em nenhum dos jogos anteriores e – minha opinião – enquanto Hideki quis dar um futuro ou continuidade à série, lá atrás, Hideaki Itsuno aproveita a ideia e vai mais à frente ainda: leva à série em meados da época de produção de Devil May Cry 2, quer dizer que Dante atua mais como um figurante, pois espera que Nero cumpra os seus antigos deveres e, quando a situação “aperta”, ele próprio testa a lealdade de Nero, dando a ele apenas alguns pequenos empurrões para que derrote Sanctus e seu plano maligno que compartilha com Agnus e Credo, dentre outros personagens mostrados neste episódio.

Muito tempo depois, é lançado Devil May Cry 4: Special Edition. Em 2015, a Edição Especial do quarto episódio da série Devil May Cry que tinha a missão de explicar mais detalhadamente toda a trama não contada até esta parte e para isso podemos jogar com Virgil, Lady e Trish. O que parece ser maravilhoso, não? Não, totalmente. Se quisermos explicar algo que não foi bem exemplificado, recorre-se logo à narrativa e, infelizmente, muitas pontas ainda são deixadas soltas apesar dessa Edição Especial. É decepcionante ver tantas possibilidades deixadas pela metade, mas, se o pensamento é positivo e ainda houver chances de continuação, esta é a oportunidade com Devil May Cry 5.


A história de Devil May Cry  4 não é lá essas maravilhas, pois tendeu a fechar um arco que, no caso, é de Dante e Virgil, mas ainda abordando a lenda dos Sparda com o surgimento de Nero, com pouca informação de seu passado e pistas do que acontecerá com ele de agora em diante. Há muitas especulações na internet e, durante todo o repertório dos quatro jogos da série, também sobre quem ele é.

Segundo o que pode ser visto no livro de ilustrações de Devil May Cry 4 (Devil May Cry 4 Material Collection), durante todo o processo de produção de Nero, foram feitas várias versões de seu braço demoníaco. E uma imagem mostra mais ainda: uma versão completa do protagonista como demônio que dá a entender que ele, lá no fundo, é da mesma linhagem de Sparda. Na décima missão de DMC4, depois da batalha, Nero e Dante se confrontam mais uma vez, assim como no início do jogo, e Dante lhe diz a seguinte frase: It’s got to stay in the family (Isso deve ficar em família), o que fortifica a hipótese acima. Sem contar com a aparência, porque deve haver pessoas que olhem para Nero e Dante e vejam a mesma pessoa. Além de sua forte ligação de Nero com a Yamato, a espada destruída que Nero consegue invocar e utilizar com eficácia, quando mais precisa na campanha. É essa arma que é capaz de restabelecer o link entre os dois mundos e quando Sanctus soube que Nero pôde concertá-la usa o herói para garantir de vez seus planos.


Então ficam questões como: Qual o parentesco dele em relação aos personagens principais da história e como isso a influencia? Haverá uma continuação que põe fim nessa dúvida? 
Bem, eu acredito que sim, pois há um projeto ainda não revelado que, pelo menos, cumpre esse papel, com um possível episódio contando outras tramas relacionadas ainda ao arco original, novos personagens guiados por Nero, mas definindo um fim à trilogia e personagens criados quando a série estava em seu começo.
Vendo de um ponto de vista mais comercial, é bom para Capcom poder retomar sua série clássica, mas com características da atual geração e com novos conceitos de gameplay, pois, garante mais lucro à empresa, se bem feito, e capta um público mais jovem e que queira ver o consagrado Devil May Cry com gosto de novidades. Por outro lado, é um caminho incerto e perigoso, pois é mais custo para os jogadores, com conteúdos adicionais ou DLCs, que levados pelo hype - me incluo - irão sempre ter a curiosidade de ver mais e mais jogos da série...
Enfim, chego ao objetivo do vídeo: e se houver o tão desejado Devil May Cry 5, o que sabemos a respeito dele?
Bem, de acordo com a postagem do usuário Son of Sparda, no site resetEra, ele tinha a intenção de postar o vazamento do seguinte jogo há algum tempo, como fez em 8 de dezembro de 2017. Como foi postado:
1.       Hideaki Itsuno ainda é o diretor mais indicado para a produção de Devil May Cry 5, que, nos bastidores, tende a ser chamado de Devil May Cry V.
2.       Dante certamente é um personagem jogável junto com Nero e mais outro (ainda não determinado).
3.       É muito provável de que este seja o Devil May Cry com um Dante mais sério de todos, descrito como “o novo lado de Dante”. Será um jogo mais pessoal, ou seja, focado mais nas suas origens, o que corresponde, até agora, com a expectativa dos fãs e críticos.
4.       O personagem será jogável e pode ser novo ou antigo aos nossos olhos - o que beneficia a minha hipótese de novos arcos, a partir da história antiga e clássica. Além de que, se sabe que ele será muito poderoso.
5.        Não se sabe se Virgil será jogável e muito menos de como retornou de sua morte.
6.       Trish apresentará papel importante na trama do jogo, mas não está confirmado se ela vai ser jogável.
7.       Haverá um grande confronto entre Nero e Dante e, assim, se confirma o parentesco dos dois (Nero, na verdade, é o filho de Virgil), confirmado pelo livro de estudo DMC3142.
8.       O antagonista de Devil May Cry V é O Senhor Das Trevas, provável referência ao retorno de Mundus.
9.       Rodará em 60 quadros por segundos
1.   Pelo visto, o conceito de Dark Souls e suas influências é importante para o novo Devil May Cry, mas é acreditável que o jogo vai ter a sua própria identidade. E, por falar em identidade, foi informado que não haverá QTEs nesse jogo, que o combate de todos os personagens e ambientação estão menos robustos e mais suaves.
1.    A postagem de Son of Sparda enfatiza na suavidade presente na gameplay, correlacionando com a que está presente em outro título Bayonetta. Assim, há mais imersão e a própria câmera se adequa mais apropriadamente à cada chefão e período jogável, ou seja, mais conforto e dinamismo para o jogador.
1.   Embora este não seja um DMC de Mundo Aberto, vai ser mais expansivo, com cenário maior e de maior interação e também com certas inspirações de Dragon’s Dogma.


Ufa, então galera. Espero que tenham gostado da matéria Devil May Cry: Sequel Edition. Não se esqueçam de seguir o blog, compartilhá-lo e comentar o que acharam. Há ainda a minha página no Facebook, Instagram, Twitter e o próprio blog Ruís América. Um grande abraço a todos e até mais!


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