E3: Prévia Crackdown 3


The SuperCop



Olá galera, tudo bem com vocês? Como já devem ter percebido, a E3 está próxima e hoje trago a vocês um jogo que já é conhecido e homenageado pela comunidade Xbox. Exato, falo de Crackdown! Como o maior evento de jogos desse ano está eminente, opto por não trazer aquela velha retrospectiva que Ruís América tem o costume de usar, para falar de algum jogo que está mais avançado, não é verdade?

Então...

Vamos logo ao Crackdown 3, o que se sabe até agora sobre ele, a relevância dentro de sua plataforma, curiosidades e etc?
Crackdown 3 não é mais um reboot sobre um jogo passado de sucesso que após a sua continuação deu muito errado. De fato, é a continuação do segundo que não foi muito aclamado pelos críticos, mas que apesar de tudo a Micrsoft Studios decidiu dar uma continuação bem mais caprichosa que resgata os conceitos do primeiro título e traz novidades, com o resultado que sairá em breve: Crackdown 3.
O jogo é o resultado de uma parceria entre a Microsoft e a Sumo Digital. Nome que não deixa de ser familiar para alguns, pois a Sumo Digital já desenvolveu “joguinhos” como Split Second (2010), Sonic All-Stars Racing (2010), Formula 1 (2011), Forza Horizon 2 (2014), Forza Motorspot 7 (2017)...

O que é isso, velho?

Enfim, é indiscutível que o estúdio tenha talento e competência, apesar de alguns erros (jogos não tão bons) aqui e outros ali. Mas, qual empresa não comete falhas? A própria Microsoft vacilou com o Crackdown 2 e mesmo assim “ergue a cabeça” e promete um trabalho de excelência gráfica, experiência single-player e multiplayer, além de um sistema que ela própria considera ser revolucionário.
Parece que tudo começou com a pergunta dos produtores sobre - vamos fazer um novo Crackdown? - que foi guiada pelo telefonema do ator norte-americano Terry Crews se oferecendo para fazer uma participação neste novo jogo que, ironicamente, ainda nem havia sido criado!
Como se observa, na entrevista feita pelo site IGN ao diretor de design Garret Wilson “Nós recebemos uma ligação do marketing e eles nos falaram: Terry Crews quer estar no jogo. Nós dissemos 'isso funciona. Isso vai, definitivamente, funcionar'. Ele é um 'Agent' da vida real.”

O Senhor Terry Crews



Todo este mérito é por causa da sua excelente atuação em vários seriados, propagandas, filmes e jogos, no caso. Quando interpretou Julius Taylor Rock ou o pai de Chris, Drew e Tonya no nostálgico seriado (2005) Todo Mundo Odeia O Chris, que se baseia na infância de outro ator: Chris Rock. Mas, o quem seria um “Agent” ao qual Garret Wilson se refere? Bem, a ideia de Crackdown é a experiência extrema de ser um policial ímpar! Ou seja, nascido e criado com habilidades únicas para servir à justiça com o objetivo de enfrentar os chefões do crime de Pacific City (Cidade Pacifica – que ironia, não?).

Crackdown 3, ao que tudo indica, “pega” esta ideia e a aperfeiçoa e é por isso que o papel de Terry Crews serve de inspiração (desde a modelagem em 3D às suas características) para criar o personagem com o nome mais divulgado desse jogo, o Comandante Jaxon, torna todo o projeto tão especial, com muito Hype e expectativa de ambas as partes: público e produtores.

The SuperCop Smash!


Durante o processo de criação de Crackdown 3, houve alguns trailers e vídeos demonstrando como seria o seu gameplay e que haveria mais de um personagem jogável. Mas, as informações são tão escassas que ainda não dá para saber exatamente quantos personagens vão estar disponíveis. Então, se não há dados tão claros sobre os personagens fica mais difícil ainda supor como seria a sua história, narração ou contexto? Mas, a microsoft deixa uma porta entreaberta para quem adora ler ou entender sobre jogos e os presenteia com seu sistema considerado revolucionário: a nuvem.

Qual é o meu maior objetivo?

Uma das teclas mais batidas em Crackdown é a destruição. Já em Crackdown 3, ela ocorrerá de duas formas. Graças à nuvem, cada parte física (prédios, pontes, casas, viadutos etc.) do cenário é destrutível com alguma arma, veículo, murros, chutes ou outros tipos de golpes específicos.
Na primeira etapa, que diz respeito à campanha, só alguns pontos e alguns objetos que compõem o cenário serão destrutíveis. No modo online todo o cenário será levado abaixo, devido a uma conectividade maior entre as partes vulneráveis da cidade, o local onde estamos jogando e o próprio sistema da nuvem que estarão 100% conectados à internet.

Sirva para algo, rapaz!

Ou seja, haverá vários servidores distribuídos em regiões diferentes que conseguem renderizar de forma leve a destruição em cadeia de objetos sem se importar com as suas dimensões (seja um arranha-céu despencando ou um táxi colidindo com o poste) e transmitir uma imagem isenta de borrões na tela - Afinal, nos prometeram a resolução em 4K!
“Junte-se com até 10 agentes online para acabar com a cidade, pedaço por pedaço, em uma arena para múltiplos jogadores 100% destrutível, disponível com a compra do Crackdown 3.” Este é o texto encontrado no site oficial do jogo, o que confirma a responsabilidade da Micrsoft em proporcionar aos caixistas tal experiência. E, para aqueles que apesar de serem confiantes sempre esperam a hora do “vamos ver”, ainda há algumas perguntas que podem ser respondidas como – Ué, então significa que a destruição tão divulgada será menor na campanha do que no modo online? A resposta simples e direta é: Sim!

Vamos em direção à luz!

O mesmo diretor de design, Garret Wilson, explica, em entrevista ao site Eurogamer, que “a Sumo decidiu não colocar a destruição baseada em servidor na campanha, que pode ser jogada cooperativamente por até quatro pessoas, por alguns motivos. A primeira se trata de que tal jogo poderia ser jogado offline. E a segunda, porque a história é sobre salvar a cidade de New Providence e não para destruí-la”.
Então, dá a entender que os dois modos de jogo funcionarão de forma independente, como já ocorre com alguns outros jogos de tiro PFS. O primeiro exemplo que me vem à mente é a série Call of Duty onde existe a campanha que aborda a história cinematográfica de uma guerra, seus personagens e contextos e o modo online que acontece no universo das partidas de ranking ou com grupos de jogadores contra outros grupos etc. Na minha opinião, isto tem um lado positivo e outro negativo.




Positivo: Àqueles que adoram se aventurar em jogos com propostas multiplayer, onde é possível jogar online com pessoas de diversas partes do mundo, o novo Crackdown pode ser um excelente título para este público, pois apresenta características novas, com mais possibilidades de diversão e a personalização do próprio ambiente em que vão jogar - Se o cenário for totalmente destruído, até onde a diversão vai?

Negativo: Àqueles que preferem a campanha de um só jogador, com mais história e justificativa para passar o seu tempo precioso naquele mundo, pode ser decepcionante ver, como aconteceu com o esplêndido GTA V, mais conteúdo, expansões e DLCs só serem lançados à opção acima.

Dois lados da mesma moeda

Significa que quem zerar totalmente a campanha e ainda estiver com um “gostinho de quero mais” vai acabar ficando com este gostinho e só tendo aquilo que foi proposto inicialmente ao jogo. - Okay, entendi pô. Mas, Ruís América e se eu insistir para mais conteúdo na campanha?
Então galera, só há uma solução. Ou você joga toda a campanha de novo ou espera por notícias oficiais que revelem algum conteúdo a mais ou passa, infelizmente, para outro jogo. Infelizmente, pois esta é a tendência em que o mercado gamer segue (reparemos nas microtransações cada vez mais presentes por aí.) – “O que eu não queria fazer é colocá-lo na campanha, porque isso significaria que o jogo inteiro exigiria uma conexão de internet constante e de alta qualidade”, segundo Wilson.
Então, com a campanha sendo um pouco desmotivadora, se analisada desta forma, o que mais importaria em Crackdown 3? O resgate da fantástica liberdade que os jogadores possuem dentro desse game, é claro. Fator que foi muito inovador para a sua época, com o lançamento do primeiro título e promete ser levado ao extremo com o terceiro.

Arrasa-quarteirões

Mas, como não há dimensão da liberdade abordada em Crackdown 3, só é possível chegar a algumas hipóteses de como será o seu gameplay vinculado à sua narração. Pelo que entendi, ambos “andarão de mãos dadas”, pois a história não é linear e a destruição de cada partida contribui para esta falta de direção.
Como assim? – É como se na primeira patrulha policial sua com o “Agent”, você pudesse ir direto ao último chefão do crime, independente de ter feito qualquer missão antes que o levasse até ele. Entenderam?

Na própria entrevista do Eurogamer, Garret Wilson declara que Crackdown 3 “é uma experiência com cerca de 16 horas (embora, haja mais se você caçar todos os orbies de agilidade), com uma cidade duas vezes e meia maior do que a do jogo original”.

Assim, a sua história será provavelmente definida pela experiência e opção que cada jogador seguir. Ou seja, ele determinaria se quer derrotar os chefões mais difíceis ou cruéis primeiro ou ir em um caminho mais tradicional e comum. 

Também é bom saber que esta ideia será válida no sentido contrário, por exemplo: se aquele que combate a interminável onda de violência for muito miserável contra seus adversários, então espere a velha lei do “olho por olho, dente por dente” que se resume em: os bambambãs do pedaço e seus subordinados irão revidar igualmente.

Por isso, se não quiser que seus arqui-inimigos fiquem fortes demais a ponto de você e seu grupo de patrulheiros não darem conta quando estiverem aplicando a lei, é melhor que você os lidere com calma ou corre o risco de tornar frustrante a experiência de Crackdown 3, devido à alta dificuldade criada.

Só se promete o que consegue cumprir

E já que estamos dentro de um jogo exclusivo, sendo que um destes é o Crackdown 3 para a família Xbox One (Original, S e X), a principal promessa da Microsoft é de que, principalmente, eles irão rodar na resolução 4K. – Mas, no fim das contas, o que significa isso, Ruís América?



É uma ideia bem simples. Após algum tempo, surgiram no varejo as televisões HD ou de alta definição que apresentavam uma resolução (quantidade de pixels) de 720p, logo, não demorou muito para que surgissem aquelas com mais qualidade de imagem (Full HD), ou seja, aquelas de 1080p. E, depois de algumas inovações de marcas já conhecidas no mercado (incluindo a própria Sony) e de outras que também se aventuraram no ramo, é desenvolvida a resolução de maior quantidade de pixels possível até os dias atuais (ou até o dia desta postagem): 2016p.

Então, é isto o que denominamos de 4K. Em termos de comparação, a televisão 4K possui uma resolução maior do que as Full HD cerca de 1,86 vez (é como se víssemos uma paisagem, ou qualquer imagem nesta TV, 1,86 melhor do que antes). Entenderam?


Infelizmente, há uma vacuidade entre o que o Xbox One X é capaz de fazer e o que está associado à informação divulgada pela maioria dos meios de comunicação, pelo menos aqui no Brasil. Pois, ao longo do tempo, a Microsoft conseguiu chegar a um console muito potente, dadas as suas especificações de hardware. E, se o novo Crackdown utilizar todo esse poderio técnico e gráfico, tende a ser um jogo estupendo, assim como a Microsoft afirma.

Sabe-se que Crackdwon 3 usará ao máximo todo este recurso disponível apenas no Xbox One X, mas para aqueles – como eu – que não o possuem, o jogo será, até certo ponto, igual. Porque, em si, ele é o mesmo jogo, com a mesma campanha e conteúdo online (assim, eu espero).

Enfim, galera, o que mais está me empolgando em Crackdown 3 são as permissões dadas àqueles que adoram se aventurar em jogos excêntricos. Sendo sincero, é bem provável que ele defina, no mínimo, alguma tendência ou influência em outros jogos que vêm a seguir e não só porque ele é exclusivo da plataforma Xbox, mas porque mostra a todos: os desenvolvedores, publicadores, críticos e quem observa de fora que os jogos eletrônicos estão realmente evoluindo ao longo do tempo, não são inúteis e que cada vez mais impactam, de alguma forma, no nosso cotidiano. Assim como o seu próprio público que está ficando cada vez mais crítico, exigente e prudente para encurtar a distância entre quem produz e quem joga que há muitos anos era maior. 

Que venha a E3, então, para que alcancemos tais respostas!

Um grande abraço a todos e até mais!




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