Crackdown 3 - Dos Atrasos até o Lançamento Final





E aí galerinha, tudo bem? Eu diria que vai tudo ótimo, mas talvez para alguns gamers não, ainda mais se falando de Crackdown 3 que foi anunciado há muito tempo, mais precisamente, na E3 de 2014, porém só foi lançado em 15 de fevereiro de 2019. Sei que dá para perceber a discrepância no tempo do anúncio e o seu real lançamento, não? Concordo! Então, vamos discutir um pouco sobre isso?

Essência vs. Excelência



Na minha opinião, a premissa de Crackdown se manteve no terceiro. 
Oxente, Ruís! Porquê? Porque, se analisarmos o primeiro Crackdown, lançado em 23 de fevereiro de 2007, vemos muito de sua essência reproduzida no terceiro.
Ainda há aquele mundo aberto, de tiro em terceira pessoa, comandado por um super-humano que se equipa com um número significativo de armas, enfrenta inimigos bem variados que patrulham uma cidade repleta de prédios a serem escalados com efeitos de néon, apresentando uma quantidade repetitiva de missões a serem feitas.
Quanto à qualidade, Crackdown 3 pode decepcionar aqueles gamers mais entusiasmados, porque peca em vários quesitos, com uma história clichê e previsível e, principalmente, nos gráficos, defasados e sem muito polimento, se comparássemos à evolução gráfica sofrida até os dias atuais.

Atrasos “Justificados”

Em uma entrevista dada ao site Polygon, em 2017, o gerente geral da Microsoft Studios, Shannon Loftis, declara que a escolha prévia de anunciar Crackdown 3 na E3 2014, cerca de quatro anos antes do lançamento dele para Xbox One, foi um tanto que errônea. “Acho que, provavelmente anunciamos o Crackdown cedo demais”, diz Loftis.
Como Crackdown 3 estava sendo criado inicialmente por três desenvolvedoras – Reagent Games, Sumo Digital e Cloudgine – todas elas precisaram de mais tempo para preparar, aperfeiçoar e juntar com qualidade cada uma de suas partes que compunham o mesmo game.

“Definitivamente, subestimamos o desafio de garantir que a qualidade dos três modos fosse alta e cumprisse o que precisamos cumprir. Então, tivemos que aproveitar o tempo extra e ter certeza de que estamos entregando o game que os fãs de Crackdown querem. Foi uma decisão muito difícil de ser feita e foi dificultada por já o termos anunciado antes.”

Loftis diz também que o que mais atrasou a saída de Crackdown foi que a equipe de divulgação da 
Xbox se preocupava muito com o seu resultado final e, não somente, como alguns podem pensar, a vontade mercenária de sair pela porta a tempo. Afirma que essa é uma política que a Microsoft vem adotando e que, apesar de não ser ver muitos games exclusivos notoriamente vindo por agora, vai haver novos exclusivos para a plataforma, futuramente. Que sejam bons, assim espero!

Enfim, concluo que...



Calma lá, Ruís! Só deixe-me entender: você gostou, apreciou, apoia o game ou não? Gostei, apreciei e apoiei, ainda que não por completo. Mas, “na moral”, gosto sim e acho que ele valha a pena.
Na história, assumimos o papel de Jaxon, um agente que ganha aprimoramento biotecnológico ou algo do tipo, tornando-o capaz de pular, correr, socar e atirar de modo super-humano, após um acidente que quase tirou a sua vida e de seus compatriotas militares.
A personagem é protagonizada por Terry Crews, o adorado e carismático ator, que faz Julius, o pai do Chris, da série de TV Todo Mundo Odeia O Chris. Ou seja, usaram Crews como modelo base para criar o protagonista Jaxon. Agora, você deve impedir que a organização TerraNova, liderada pela tirana Elizabeth Niemand tome o controle de Nova Providência, a cidade fictícia por onde se passa o game.

Enfim, há diversas atividades e missões para se fazer no decorrer da campanha, mas que, apesar de serem repetitivas demais em sua execução, com certeza, ainda divertem, o foco principal do jogo.
Vale lembrar que durante a campanha é possível coletar o DNA de outros Agentes espalhados pelo cenário que o possibilita jogar, mais à frente, com outros Agentes que, estatisticamente, são melhores em alguma habilidade. 
Crackdown usa o sistema de evolução Skill for Skill, em que você evolui um ponto do personagem por algo semelhante ao que ele faz. Por exemplo, se realizar missões de corrida, continuamente, Jaxon pode dirigir carros cada vez mais equipados, poderosos e evoluídos, o que pode vir a agradar alguns, enquanto a outros não. É como se você não tivesse o controle total da evolução do seu personagem que acontece automaticamente, mas se fizer algo próximo, aí sim ele evolui naquele quesito.
Essas características devem agradar a um público mais casual, deixando aborrecido quem for mais assíduo. Mas, se pensarmos, talvez esse público ainda sustente a base de distribuição desse game, por ele ser gratuito aos assinantes do Xbox Game Pass, a biblioteca contínua de games, fazendo-o ser experimentado mais facilmente.  

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