Concrete Genie - Tomando Conhecimento

Olá, galera, tudo bem? Como deve saber, vários jogos foram anunciados em 25 de março no State of Play, novo programa de divulgações de jogos da PlayStation, que até está sendo muito criticado por sua postura de não apresentar nada tão atraente assim aos seus usuários (o que você acha disso?). 
Mas, um desses jogos mostrados, Concrete Genie, me chamou bastante atenção, principalmente, por seu estilo artístico, e é por isso que hoje vou abordá-lo aqui no blog Ruís América.



Desenvolvido pela Pixel Opus, uma subsidiária da SE Worldwide Studios, e exclusivo para PlayStation 4, tem forte influência de outro jogo, Jet Set Radio, publicado pela Saga. Ah, vale a pena notar que este “jogo influenciador” Jet Set Radio também era chamado de Jet Grind Radio, desenvolvido pela Smilebit para Dreamcast nos anos 2000.
Em Jet Grind Radio, você controla uma das gangues de jovens que andam pelas ruas de patins numa Tóquio fictícia, fazendo pichações e evitando a polícia. É incrível pensar que ele foi um dos primeiros jogos a usar visuais cel-shading, técnica aplicada aos gráficos em 3D, com objetivo de fazer parecer terem sido desenhados à mão, lhes dando, obviamente, aparência de desenho animado.
Voltando ao jogo principal, a sua história se passa na pequena cidade abandonada de Danska e que com o tempo ficou muito poluída. Perto dali, um garoto chamado Ash regularmente rabisca em seu caderno, até um grupo de valentões roubar o seu objeto de trabalho, rasgando as páginas e as espalhando por toda a cidade.
Assim, Ash vai na missão de recuperar todas as suas páginas e, ao longo dessa jornada, descobre um pincel que pode dar vida às suas criações. Agora, Ash deve superar os valentões e trazer vida de volta à sua cidade natal.
Se repararmos bem, Ash é um garoto sofrendo frequentemente bullying e que, apesar do tempo difícil que está tendo, está determinado a usar o poder da criatividade para tornar o mundo um lugar melhor (abordagem bem poética, não?).
Aparentemente, a progressão de Congrete Genie fica ao seu critério. Se quiser, por exemplo, atravessar o bairro para pintar a cidade de forma desordenada ou subir em prédios para se esconder nos telhados quando os valentões aparecerem, a escolha é sua. Haverá quebra-cabeças com os quais cada Concrete Genie, cada um das criaturas tiradas do seu pincel, vão te ajudar a resolver, mas é bom saber que até eles são opcionais, especialmente, se preferir pintar cada parte do cenário possível.
No fim das contas, Concrete Genie parece ser um daqueles jogos despretensiosos, que não exigem muita atenção nossa, sabe? Com seu herói indefeso, faltando uma real ameaça que justifique o seu sistema de interação com quem o joga.
Mas, a aparência humilde desse jogo exclusivo para PlayStation 4 é logo desfeita pelo mundo nuançado em que se coloca, um mundo repleto de cores, apresentado de forma encantadora e despojada.
Apesar de Ash está armado apenas com um pincel, o que pode parecer menos encantador aos jogadores mais conservadores, a ideia conceitual de Concrete Genie e do título em si tende a ser uma aventura calmante, artística e criativa, expressando-se de forma bela e não-violenta que, por sinal, poderia se usada sempre mais.






Comentários