Vale a pena jogar Injustice: Gods Among Us? - Crítica


Olá, galera. Tudo bem? Não sei se você se lembra, mas, na postagem anterior, disse que Injustice: God Among Us estava gratuito no Steam e fui ver uns jogos lá, mas fiquei pasmo ao saber que ele estava com 100% de desconto e assim que vi o desconto, o baixei. Pois bem, tive a ideia de fazer a crítica desse jogaço e, logo abaixo, você a encontra. Como costumo dizer nas postagens: sem mais delongas, vamos à crítica!

Para começar, Injustice: Gods Among Us é um game de luta produzido pelo estúdio NetherRealm, o mesmo responsável por Mortal Kombat. A principal novidade aqui é que o elenco do jogo é composto inteiramente por heróis e vilões dos quadrinhos da editora DC Comics, como a Liga da Justiça, Jovens Titãs, entre tantos outros.

A primeira noção o jogador de Injustice deve ter em mente ao jogá-lo é: o jogo não é nenhum Mortal Kombat, por isso não espere encontrar aqui os "Fatalities", finalizações como "Finish Him" e nem mesmo a violência exagerada da turma de Liu Kang, Sub-Zero e seus outros amigos kombatentes. Por outro lado, não é por isso que o game não deixa de ter uma história adulta, com seu teor de violência e seriedade. Basicamente, a história de Injustice começa quando a vida dos super-heróis é mais uma vez ameaçada, após um plano que envolveu não só o Coringa, mas também Lex Luthor e outros vilões menores.

Assim, o Coringa está com uma bomba na mão e ameaça destruir toda a cidade de Metrópoles e matar quase 8 milhões de pessoas e ele atrai a atenção dos heróis da Liga da Justiça, mas algo de diferente acontece e eles somem misteriosamente. Entretanto, Flash, Lanterna Verde, Mulher-Maravilha, Batman e outros vão parar em uma Terra paralela, onde a tragédia se concretizou e milhões morreram, inclusive a esposa do Superman, Lois Lane.

É por causa disso que o Homem de Aço se revolta contra todos os vilões do mundo, os super-heróis quem se opõem a ele e até os cidadãos, digamos, “mais comuns”, como políticos corruptos e bandidos de quinta categoria, instituindo assim o seu próprio regime de dominar a todos e manter o mundo todo "em paz".

O problema é que todos os heróis que se rebelaram contra o Superman, foram perseguidos e mortos por seu regime, mas os personagens do outro mundo chegam no meio desse conflito de superpoderes e egos, resultando numa história cheia de reviravoltas e outras surpresas a mais.

A história de Injustice, felizmente, apresenta uma qualidade de outro mundo (quis dizer, excelente) e boa parte dessa saga foi contada por meio de uma história em quadrinhos oficial lançada pela DC, que explica os fatos da Terra do Regime do Superman. 

Assim como em Mortal Kombat, Injustice se diferencia de outros jogos de luta por apresentar um modo de história bem consistente. Esqueça aqueles modos de história preguiçosos encontrados usualmente nos demais games de luta, com imagens paradas e um texto explicativo.O jogo funciona como se fosse em um filme, com mais de três horas, onde o jogador participa de forma interativa com as lutas. É claro que 3 horas é um tempo curto para a duração da maioria dos jogos, mas isso não pode ser dito para um de luta, que geralmente dura bem menos.

Além disso, o jogador pode interagir diretamente em algumas cenas e pressionar alguns comandos especiais que aparecem na tela, em certas lutas. Por exemplo, no início da história, temos Lex Luthor correndo na direção do Batman e ele precisa atirar seus batarangues para atrasar o vilão e deixá-lo mais fraco para a luta que se aproxima, e, realmente, se você acertar os comandos de forma correta, a vida do seu oponente começa menor na luta. 

Injustice não é Mortal Kombat e isso fica bem claro na sua jogabilidade. Os comandos gerais são bem diferentes e até mesmo a fluidez do jogo é única. Felizmente, Injustice tem uma identidade própria, com uma mecânica de jogo que traduz isso e com todo esse potencial que a NetherRealm pôs em seu jogo, fica claro que NetherRealm daria início a uma nova franquia em suas produções, o que foi comprovado com o futuro Injustice 2. De fato, a intenção dos produtores foi criar algo que não lembrasse Mortal Kombat e essa missão foi cumprida, com sucesso. 

Na verdade, as lutas em Injustice vão além combos simplórios e golpes especiais, justamente pela alta interação com os cenários presentes no jogo. Superman pode arremessar um carro, enquanto Aquaman pode quebrar o vidro do seu cenário e inundar o adversário, só citando alguns exemplos.

Realmente, os cenários vão além e não se limitam apenas a uma arena. Em alguns casos, é possível socar o oponente contra a parede e lançá-lo para outro ambiente do cenário. Os golpes especiais dos personagens também estão muito bacanas e fáceis de ser ativados. Os super-heróis e vilões também possuem poderes e golpes secundários que vão além dos combos e golpes especiais. Eles geralmente ficam localizados ao lado da barra especial, no canto inferior da tela e variam de acordo com o personagem que escolhemos.

O Lanterna Verde, por exemplo, pode ativar sua bateria de recarga e contra-atacar um golpe de imediato, enquanto o Batman invoca um grupo de morcegos eletrônicos que o protege de investidas e podem atacar o inimigo e o Aquaman se cobre com uma “armadura aquática”. São detalhes bem criativos e variados, fazendo com que nenhum lutador se pareça com o outro, o que traz um grande diferencial ao jogo de luta em si.

Além do modo de história, Injustice apresenta também o seu modo, digamos que, “fliperama”: uma sequência de batalhas contra oponentes aleatórios, sem história, onde o jogador pode testar suas habilidades em uma sucessão de embates. Mas, há também outros extras que prologam a vida do game. Um deles é o modo de desafio, com missões oferecidas pelo laboratório S.T.A.R., famoso no universo da DC Comics. São mais de 200 tarefas que devem ser realizadas pelo jogador com todos os personagens disponíveis no game.

Há também o modo multiplayer, que pode ser aproveitado tanto online, contra outros jogadores de outras lugares, quanto offline, contra amigos que estejam jogando ao seu lado, e o game ainda possui inúmeros conteúdos desbloqueáveis, como skins, aparências secundárias para os personagens, que podem ser desbloqueadas no decorrer das lutas. Além disso, as informações dos personagens e outros bônus também podem ser conferidos, de acordo com o progresso do jogador no game.

A trilha sonora do jogo não chama tanto a atenção assim, mas a pena vale elogiar o trabalho de dublagem em português feito pela Warner, que está impecável em todos os sentidos. Com exceção de Batman, tiveram o cuidado de inserir os dubladores que fizeram seus respectivos personagens nos desenhos animados da Liga da Justiça, o que nos passa um cuidado especial positivo nisso.

Injustice: Gods Among Us é um jogo que vai agradar a fãs de quadrinhos e também àqueles que nunca leram um gibi na vida ou só conhecem os heróis e vilões de filmes e desenhos animados.

Enfim, os personagens estão muito bem representados, com uma história excelente e jogabilidade que se diferencia bastante da mostrada em Mortal Kombat e que tem sua identidade própria. O jogo é muito completo, com multiplayer, modo fliperama, missões adicionais e muitos outros conteúdos desbloqueáveis. Sem dúvidas, Injustice é uma ótima adição ao universo de games de luta.


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